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sábado, maio 14, 2011

GONGOGI: CINECLUBE É CONTEMPLADO COM COLETÂNEA ESPECIAL DE FILMES DO 100 ANOS DE CINEMA DA BAHIA
Como parte de preservação e difusão da memória audiovisual no estado, a Diretoria de Audiovisual, da Fundação Cultural da Bahia, encaminhou a coletânea especial “Bahia, 100 anos de cinema” para o Ponto de Cultura Eu Quero Ler, da Associação Cultural e Beneficente Antonio Pereira Barbosa – ACAPEB, do município de Gongogi, que fará parte do acervo do cineclube CINE NO PONTO, contemplado através do Programa Cine Mais Cultura do Ministério da Cultura.

A edição, organizada pela Cinemateca Brasileira em parceria com a Secretaria de Cultura da Bahia, contou com a curadoria do cineastra Joel de Almeida e dos professores e pesquisadores do cinema brasileiro, Rubens Machado Jr., Carlos Alberto Matos e Maria do Socorro Carvalho que selecionaram 30 títulos representativos desse primeiro centenário do cinema do Estado.

Além de filmes contemporâneos de maior circulação como “Eu me lembro”, realizado por Edgar Navarro em 2005, a seleção traz algumas raridades nunca antes editadas em formato digital, como é o caso de “Caveira My  Friend” (1970), de Alvaro Guimarães; “Diamante Bruto” (1977), de Orlando Senna; e “O Mágico e o Delegado” (1983), de Fernando Coni Campos.

Os precursores da arte cinematográfica na Bahia também se fazem presentes. De Alexandre Robatto Filho, com o curta “Vadiação” (1954), a Luiz Paulino dos Santos, diretor de “Um Dia na Rampa” (1960), passando por Trigueirinho Neto e o seu seminal “Bahia de Todos os Santos” (1960), a compilação presta homenagem a Roberto Pires e Glauber Rocha, patronos do cinema baiano.

Cena do Filme "Barravento",
de Glauber  Rocha
“Redenção” (1958) e “A Grande Feira” (1961), ambos filmados por Pires, são marcos do primeiro ciclo do cinematográfico no Estado. Os trabalhos iniciais por Glauber Rocha, “Pátio” (1956) e “Barravento” (1961) não são menos essenciais.

Destaque especial para o segmento de documentários que resgata obras de grande valor histórico, cultural e artístico como “A Morte da Velas do Recôncavo” (1976), de Guido Araújo; “Sinais de Chuva” (1976), de Olney São Paulo; “Gato/Capoeira” (1979), de “Mario Cravo Neto”; Comunidade Maciel – há uma gota de sangue em cada poema” (1973), de Tuna Espinheira; e a “Memória de Deus e do Diabo no Monte Santo e Coccorobó” (1984), de Agnaldo Siri Azevedo.

Completam a seleção retratos documentais de grandes artistas locais como “Samba Riachão” (2001), de Jorge Alfredo e “O Capeta Carybé”, também de Agnaldo Siri Azevedo.
Os trabalhos em curta e em vídeo da chamada ‘nova onda do cinema baiano’ (“Dez centavos”, de César Fernando, “Mr. Abrakadabra!”, de José Araripe Jr., “Bahia”, de Monica Simões, entre outros) e a produção no gênero animação com “Catálogo de Meninas”, de Caó Cruz, o histórico de “Boi Aruá”, de Chico Liberato, comprovam a diversidade e abrangência do Box comemorativo.

Ao alcance de todos – Com esta edição, a Diretoria de Audiovisual (DIMAS) amplifica sua ação de difusão, facilitando a circulação de conteúdos audiovisuais, através da exibição dos filmes selecionados para a Caixa de DVDs, tanto na programação das suas salas de exibição (Sala Alexandre  Robatto e Walter da Silveira), quanto no incremento das atrações do tradicional projeto “Quartas Baianas”, em parceria com a Associação Baiana de Cinema e Vídeo/ ABCV (Confira abaixo o calendário de exibições).
O pesquisador e interessado também poderá consultar e ver cada filme da compilação mediante agendamento presencial no Núcleo de Memória, da DIMAS.
Para democratizar ainda mais o acesso, os DVDs serão distribuídos gratuita e prioritariamente para instituições de pesquisa e difusão audiovisual, pontos de cultura, cineclubes, bibliotecas e mediatecas.

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