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quarta-feira, fevereiro 09, 2011

ACAPEB SOLIDARIZA-SE COM O POVO TUPINAMBÁ

O PONTO DE CULTURA EU QUERO LER, da Associação Cultural e Beneficente Antonio Pereira Barbosa - ACAPEB, tem uma relação com o Povo Tupinambás (Olivença e Serra do Padeiro) e Pataxós Hã Hã Hã Es (Caramuru - Pau Brasil), que foi conquistada através do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e Comissão Pastoral da Terra (CPT), da cidade de Itabuna.
No ano de 2000, na Articulação de CEBs de Ilhéus, que estava preparando o 10º INTERECLESIAL, conhecemos a Sra. Nivalda, uma pessoa exemplar da Tribo Tupinambá, de Olivença e potencializamos a nossa admiração.
Agora estamos prestando a nossa solidariedade ao POVO TUPINAMBÁS e repudiando toda e qualquer violência que o discrimine e pedimos a todos e todas que acreditam que outra justiça é possivel abrace junto conosco essa causa e divulgue a matéria abaixo:

POVOS TUPINAMBAS SOFRE PERSEGUIÇÕES



Mais uma vez uma liderança do Povo Tupinambá de Olivença é presa injustamente. Primeiro foi o Cacique Babau, depois seus irmãos Givaldo e Glicélia, agora foi a vez da Cacique Maria Valdelice (Jamopoty).


Ela foi presa na tarde de hoje (03 de Fevereiro) após uma audiencia por Policiais da Policia Federal em  cumprimento ao Mandado de Prisão expedido pelo Juiz Federal Pedro Alberto Calmon Holliday, após decisão da Karine Costa Carlos Rhem da Silva (docs abaixo).

Esta prisão demostra a terrível perseguição que nós indígenas no Sul da Bahia estamos sofrendo e o processo de C R I M I N A L I Z A Ç Ã O   de nossas lideranças. É UMA VERGONHA PARA A JUSTIÇA BAIANA.

A decisão pela Prisão Preventiva da Cacique foi decretada após Representação do Delegado da Polícia Federal, sendo a mesma acusada dos crimes de Esbulho Possessório ( art. 161 §2º,II CP), Formação de Quadrilha ou Bando (art. 288 CP)  e Exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 CP). 



Hoje ser um líder  de um Povo é ser criminoso. Retomar nosso Território Tradicional visto o Estado não cumprir com seu compromisso virou esbulho possessório, agir coletivamente (marco tradicional de todos os povos indígenas) virou formação de quadrilha e lutar por nossos direitos negados pelo Estado Brasileiro virou exercício arbitrário das próprias razões... somos um povo, um povo guerreiro... temos nossa tradição e nossa forma diferenciada de ser e agir e queremos ser respeitados como tais.


O Estado Brasileiro tem uma dívida histórica com os Povos Indígenas, é preciso mais que urgente que todos os cidadãos brasileiros somem forças para cobrar que esta dívida seja definitivamente paga com a demarcação dos Territórios Tradicionais. É por causa dessa inércia do Estado que somos obrigados a fazer por nossa conta e risco a autodemarcação de nossos Territórios Tradicionais.

Nós Indígenas não somos invasores de terras. Quando o Brasil foi invadido pelos Portugueses, aqui já existiam os hoje chamados indígenas. Nossos ancestrais já habitavam este território chamado Brasil.

Precisamos de seu apoio por favor divlgue!

Potyra Tê Tupinambá (Ivana Cardoso)
Advogada Indígena e Tuxáua
73 - 8159-6307
Skype: potyra.te.tupinamba


'O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.'
Martin Luther King

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